quinta-feira, 6 de junho de 2013

T70. Pyramid of Communications: The Example of WATER and the Needs for Science–Policy Interfacing by Philippe Quevauviller, Vrije Universiteit Brussel, Belgium

Inglês
In order to improve science–policy interactions, it is recognized that an operational science–policy interfacing mechanism should be established. An example of such a platform is the Water Framework Directive (WFD) Common Implementation Strategy.1,2 The development of an operational interface would only be possible through interactions and guidance of a dedicated group mixing policy people, scientists and stakeholders.

Prof. Quevauviller


In the European Union three projects were set up to deal substantially with the interface between science and policy. In the particular case of WATER, three projects formed a cluster, SPI-Water, the Science-Policy Interfacing in Water Management cluster. In a meeting, the cluster launched an assessment and set of recommendations, ‘Roadmap for uptake of EU water research in policy and industry’.

The roadmap sets out some of the major deficiencies in the current situation and based on this experience, it goes on to offer recommendations for the future. Some of the key actions proposed to improve the Science-Policy interfacing are:

  • Target audiences should be involved at project consortiums at the outset of the project. 

Iguazu Waterfalls-Brazil

  • Projects should prepare short layman fact sheets and / or policy briefings as a requirement stipulated by the funding organization, which should be available through a web portal.

  • Projects should also have a professional communications strategy targeting relevant stakeholders, again as a requirement stipulated by the funding organization (websites, newsletters, workshops and final conferences).

  • Regular communication and dissemination activities should be complemented by activities tailored to specific stakeholders. Projects covering similar topic areas should put on combined thematic events as such events are more likely to attract policy makers and those responsible for implementation. Other potential activities include summer schools, e-learning courses, and specific science-policy industry events.

What is needed is a kind of a pyramid of communications, reaching policy makers at the top of the pyramid and down to the practitioners at the level where the research findings will ultimately be applied as perhaps new technologies, methods or approaches.

Reference
1 Water System Science and Policy Interfacing, ed. P. Quevauviller, RSC Publishing, ISBN 978-1-84755-861-9, 2010.
2Environmental Science Processes & Impacts, P. Quevauviller, 2013, DOI: 10.1039/c3em00075c.


Português
PIRÂMIDE DE COMUNICAÇÕES: O EXEMPLO DA ÁGUA E A NECESSIDADE DE UMA INTERFACE ENTRE CIÊNCIA E POLÍTICAS NORMATIVAS, por Philippe Quevauviller, Universidade Livre de Bruxelas, Bélgica

Traduzido por Natanael F. França Rocha, Florianópolis, Brasil

A fim de melhorar interações entre ciência e políticas normativas, deve-se reconhecer a necessidade de um mecanismo operacional de interface entre a ciência e essas políticas. Um exemplo deste tipo de plataforma é a estratégia comum de implementação da Diretiva Quadro da Água (DQA).1, 2 O desenvolvimento de uma interface operacional só seria possível por meio de interações e orientações de um grupo dedicado a promover uma conexão entre líderes de políticas normativas, cientistas e investidores.

Prof. Quevauviller


Na União Européia, três projetos foram criados para lidar de forma significativa com essa interface entre a ciência e as políticas normativas. No caso particular da água, três projetos formaram um grupo: o SPI-Water - Interface Ciência-Política na Gestão da Água. Em uma reunião, o grupo lançou uma avaliação e um conjunto de recomendações, o "Roteiro para Entendimento da Pesquisa na União Européia sobre a Água em Políticas Normativas e na Indústria".

O roteiro apresenta algumas das principais deficiências da situação atual e, com base nessa experiência, oferece recomendações para o futuro. Algumas das principais ações propostas para melhorar a interface entre ciência e políticas normativas são:

  • O público-alvo deve estar envolvido em parcerias conjuntas desde o início do projeto.

Cataratas do Iguaçu, Brasil

  • Os projetos devem preparar pequenos manuais informativos para leigos e/ou instruções sobre as políticas normativas como um requisito estipulado pela organização financiadora, os quais devem ser disponibilizados através de um portal na web.

  • Os projetos também devem apresentar uma estratégia de comunicação profissional visando as partes interessadas, mais uma vez como um requisito estipulado pela organização financiadora (sites, newsletters, workshops e conferências).

  • Atividades regulares de comunicação e divulgação devem ser complementadas por atividades preparadas especificamente para as partes interessadas. Projetos abrangendo áreas temáticas semelhantes devem promover eventos temáticos em conjunto, visando atrair os líderes de políticas normativas e os responsáveis por suas implementações. Outras atividades potenciais incluem cursos de verão, aulas a distância, e eventos específicos da indústria da ciência e das políticas normativas.

É necessária uma espécie de pirâmide de comunicação, atingindo os líderes de políticas normativas no topo e os outros profissionais na base, a tal ponto que as descobertas científicas poderão ser aplicadas, quem sabe, como novas tecnologias, métodos ou abordagens.


França
UNE PYRAMIDE DES COMMUNICATIONS: L'EXEMPLE DE L'EAU ET LES BESOINS D'UNE INTERFACE ENTRE LA SCIENCE ET LES POLITIQUES par Philippe Quevauviller, Vrije Universiteit Brussel, Belgique

Traduit par Natanael F. França Rocha, Florianópolis, Brésil

Afin d'améliorer les interactions entre la science et les politiques normatives (législations), il est reconnu qu'un mécanisme d'interface opérationnelle devrait être établi. Un exemple de plate-forme interactive est la stratégie commune de mise en œuvre de la Directive Cadre sur l'Eau (DCE)1,2 qui coordonne des discussions d'experts sur les aspects techniques et scientifiques de la mise en œuvre de cette loi européenne sur l'eau. Le développement d'une interface opérationnelle entre science et législation serait possible par des interactions régulières et des conseils d'un groupe dédié, mêlant les décideurs politiques, les scientifiques et les parties intéressées (par exemple industries, ONGs etc.).

Prof. Ph. Quevauviller


Au sein de l'Union Européenne, des projets financés par la Direction Générale de la Recherche (Commission européenne) ont été mis en place pour traiter essentiellement de l'interface entre la science et les politiques de l'eau. Un exemple est le projet SPI-Water - l'Interfaçage Science-Politiques dans la Gestion de l'Eau – qui a lancé une évaluation et un ensemble de recommandations: la «Feuille de route pour la compréhension de la recherche sur l'eau de l'UE dans les politiques et l'industrie».

La feuille de route énonce quelques-unes des principales lacunes auxquelles les acteurs concernés doivent faire face dans la situation actuelle et, sur la base de cette expérience, offre des recommandations pour l'avenir. Parmi les principales mesures proposées pour améliorer l'interface Science-Politiques, citons par exemple:

  • La nécessité d'impliquer les publics cibles (législateurs, parties intéressées, tous potentiels utilisateurs de la recherche) dans des discussions, voire des partenariats dès le début des projets.

Chutes d'Iguaçu - Brésil

  • Le besoin pour les projets de préparer des manuels d'information et/ou des fiches d'instructions sur les politiques, comme une exigence stipulée par l'organisme de financement, qui devraient être disponibles via un portail web.

  • Le développement par les projets d'une stratégie de communication professionnelle ciblant les parties intéressées, encore une fois comme une exigence stipulée par l'organisme de financement (sites web, bulletins d'information, des ateliers et des conférences).

  • L'organisation d'activités régulières de diffusion et de communications, complétées par des activités préparées spécifiquement pour les parties intéressées (utilisateurs de la recherche). Des projets visant des sujets similaires devraient organiser des événements thématiques combinés pour attirer les décideurs et les responsables de la mise en œuvre. D'autres activités possibles comprennent des écoles d'été, des cours e-learning, et d'autres événements scientifiques et politiques spécifiques.

La communication des résultats de la recherche et les informations émanant des parties intéressées (législateurs, entre autres) doit se faire à la fois vis-à-vis des décideurs et des praticiens travaillant à leur mise en œuvre. Ainsi, une sorte de pyramide de communications devrait être mise en place, en formulant des recommandations ciblées et adaptées vis-à-vis des décideurs politiques au "sommet de la pyramide" et des guides pratiques (manuels, fiches) vis-à-vis des professionnels en "bas de la pyramide", là où les résultats de la recherche seront finalement appliqués peut-être comme de nouvelles technologies, méthodes ou approches (en général au niveau régional, voire local).

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