sábado, 15 de março de 2014

T79. Docência Compartilhada em Educação a Distância

Português

Aldo Sena de Oliveira1, Natália Bruzamarello Caon Branco2, Marcos Aires de Brito3 e Tereza Cristina Rozone de Souza4 - Departamento de Química, Universidade Federal de Santa Catarina



A partir da década de 1990, com a expansão da internet, as novas tecnologias digitais propiciaram o compartilhamento de “capacidades cognitivas expandidas” e a elaboração de estratégias pedagógicas fundamentadas em novas relações sociais com o saber e alicerçando a educação on-line. Esse novo contexto sociotécnico caracteriza um complexo nível de informações e de interação entre pessoas. O compartilhamento de informações on-line, a produção colaborativa e a socialização do conhecimento diferenciam-se do modelo de outras mídias como o rádio e a televisão, em que os espectadores ainda prestam papéis de receptores passivos. Essas tecnologias permitiram apoiar a aprendizagem construtivista na Educação a Distância (EaD), com utilização de ambientes virtuais contendo fóruns de discussão, webchats, vídeos, webtecas, entre outros.

A EaD é praticada no Brasil há mais de 60 anos, mas até o final do século passado, essa possibilidade era restrita à formação de técnicos. A Lei de Diretrizes e Bases de Educação Nacional de 1996 a instituiu como regular e integrante do Sistema Educacional Nacional. Para atender à proposta de expansão da educação superior almejada pelo Plano de Desenvolvimento da Educação (PDE), o Ministério da Educação criou, em 2005, a Universidade Aberta do Brasil (UAB) com o objetivo de democratizar e interiorizar o ensino superior público e gratuito no país.

O curso de licenciatura em física na modalidade a distância da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) é parceiro do sistema UAB-CAPES (Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior) e teve início em 2009, com 217 alunos em sete polos de ensino localizados no interior do estado de Santa Catarina (Blumenau, Braço do Norte, Canoinhas, Criciúma, Lages, Pouso Redondo e Tubarão). A disciplina Química Básica possuiu 80 horas-aula, 70% à distância e 30% presencial e tratou dos tópicos, átomos, Moléculas, Reações químicas (ácido-base e Redox). Utilizamos o modelo de docência compartilhada para o trabalho dos professores e tutores. Os professores realizaram duas visitas para aulas presenciais nos polos de ensino e duas videoconferências, e os tutores a distância e presenciais tiveram atribuições específicas. Os alunos contaram com livro-texto e material on-line hospedado na plataforma Moodle, especialmente elaborados para a disciplina. O plano de ensino previu uma disciplina dinâmica e interativa, mas se observou uma pequena participação dos alunos, decorrente de vários aspectos, os quais podem ter contribuído para o baixo índice de aproveitamento na disciplina que foi de aproximadamente 45%.

Para outras informações sobre essa nossa experiência em EaD, visite o site: http://qnesc.sbq.org.br/edicao.php?idEdicao=52.


http://www.computerworld.com.pt/media/2011/04/Dossier-Videoconferencia.jpg


1Aldo Sena de Oliveira (aldosena.vix@gmail.com), licenciado em Química (UFLA), mestre em Química (UFES) e doutorando em Química (UFSC). Trindade, Florianópolis, SC.
2Natália Bruzamarello Caon Branco (nataliabcbranco@gmail.com), bacharel e licenciada em Química e mestre em Engenharia Química (UFSC), é química do Departamento de Química da UFSC. Florianópolis, SC – BR.
3Marcos Aires de Brito (marcosqmc@gmail.com), licenciado em Química (UFC), mestre em Ciências (UFSC) e doutor em Química (UFSC), é professor Associado no Departamento de Química da UFSC. Florianópolis, SC – BR.
4Tereza Cristina Rozone de Souza (tereza.cristina@ufsc.br), graduada em Pedagogia (UDESC) e em Química (UFSC), mestre e doutora em Química (UFSC), é professora Associada do Departamento de Química da UFSC. Universidade Federal de Santa Catarina. Florianópolis, SC – BR.


Inglês

SHARED TEACHING IN DISTANCE EDUCATION by Aldo Sena de Oliveira1, Natália Bruzamarello Caon Branco2, Marcos Aires de Brito3, and Tereza Cristina Rozone de Souza4
Translated by Natanael F. França Rocha, Florianopolis, Brazil



Since the 1990s, with the expansion of the internet, new digital technologies have been contributing to the sharing of "expanded cognitive abilities" and to the development of teaching strategies based on new social relationships with knowledge, strengthening the bases of online education. This new sociotechnical context characterizes a complex level of information and interaction among people. Online information sharing, collaborative production, and knowledge socialization are different from other models of media such as the radio and television where viewers still play a role as passive recipients. These technologies have supported constructivist learning in Distance Education (DE), using virtual environments with discussion forums, online chats, videos, e-libraries, among others.

DE has been practiced in Brazil for over 60 years, but by the end of the last century it was restricted to training technicians. The 1996 National Education Bases and Guidelines Law instituted DE as a regular and integral part of the National Educational System. In order to achieve the higher education expansion proposed by the Education Development Plan (PDE), the Brazilian Ministry of Education set up in 2005 the Open University of Brazil (UAB) with the objective of democratizing and internalizing public and free of charge higher education in the country.

The Physics Undergraduate Program of the Federal University of Santa Catarina (UFSC) in the DE mode has a partnership with the system UAB-CAPES (Coordination for the Improvement of Higher Education Personnel), and started in 2009 with 217 students in seven schools located in the state of Santa Catarina (cities of Blumenau, Braço do Norte, Canoinhas, Criciúma, Lages, Pouso Redondo, and Tubarão). The discipline Basic Chemistry, as an example, had a course load of 80 hours, where attendance was 70% distance and 30% face-to-face, and covered the topics: atoms, molecules, chemical reactions (acid-base and redox). We used the shared teaching model to assist the work of teachers and tutors. Teachers made two visits to face-to-face classrooms and two videoconferencing sessions; distance and face-to-face tutors carried out specific tasks. Students had a textbook and online material prepared specially for the discipline available on the Moodle platform. Our teaching plan foresaw that the discipline would be dynamic and interactive, but there were little participation of students due to a number of issues which may have contributed to the poor 45% Learning Achievement Index.

For more information about our experience in DE, visit the website: http://qnesc.sbq.org.br/edicao.php?idEdicao=52.


http://www.computerworld.com.pt/media/2011/04/Dossier-Videoconferencia.jpg


1Aldo Sena de Oliveira (aldosena.vix@gmail.com) has a licentiate’s degree in Chemistry from UFLA, a master’s degree in Chemistry from UFES, and is a PhD student of Chemistry at UFSC;
2Natália Bruzamarello Caon Branco (nataliabcbranco@gmail.com) has a licentiate’s and a bachelor's degree in Chemistry and a master’s degree in Chemical Engineering from UFSC, and is a chemist at the Chemistry Department at UFSC;
3Marcos Aires de Brito (marcosqmc@gmail.com) has a licentiate’s degree in Chemistry from UFC, a master’s degree in Sciences from UFSC, is a PhD student of Chemistry at UFSC , and is an associate professor at the Department of Chemistry at UFSC;
4; Tereza Cristina Rozone de Souza (tereza.cristina@ufsc.br) has a degree in Pedagogy from UDESC and in Chemistry from UFSC, a master’s degree and a PhD in Chemistry from UFSC, and is an associate professor at the Department of Chemistry at UFSC – Federal University of Santa Catarina, Florianópolis, SC, Brazil.


Espanhol
ENSEÑANZA COMPARTIDA EN EDUCACIÓN A DISTANCIA por Aldo Sena de Oliveira1, Natália Bruzamarello Caon Branco2, Marcos Aires de Brito3 y Tereza Cristina Rozone de Souza4
Traducción de Natanael F. França Rocha, Florianópolis, Brasil y revisión de Carlos Bravo, Universidad de Vigo, España



Desde la década de 1990 con la expansión de la Internet, las nuevas tecnologías digitales han favorecido el intercambio de las "capacidades cognitivas expandidas" y el desarrollo de estrategias de enseñanza basadas en las nuevas relaciones sociales con el conocimiento, fortaleciendo las bases de la educación en línea. Este nuevo contexto socio-técnico caracteriza un nivel complejo de informaciones e interacciones entre personas. El intercambio de información en línea, la producción colaborativa y la socialización del conocimiento difieren del modelo de medios como la radio y la televisión, donde los espectadores todavía juegan el papel de receptores pasivos. Estas tecnologías apoyaron el aprendizaje constructivista en la Educación a Distancia (EaD), el uso de entornos virtuales con foros de discusión, chats en línea, videos, bibliotecas electrónicas, entre otros.

En Brasil, se practica la EaD desde hace más de 60 años, pero a finales del siglo pasado esta posibilidad se limitaba a la formación de técnicos. La Ley de Directrices y Bases de la Educación Nacional de 1996 instituyó la EaD como regular e integrante del Sistema Educacional Nacional. Para hacer frente a la propuesta de ampliación de la educación superior en el Plan de Desarrollo de la Educación (PDE), el Ministerio de Educación creó en el año 2005 la Universidad Abierta de Brasil (UAB) con el objetivo de democratizar e internalizar la educación superior pública y gratuita en el país.

La licenciatura en Física de la Universidad Federal de Santa Catarina (UFSC), en su modalidad a distancia, está asociada con el sistema UAB-CAPES (Coordinación de Perfeccionamiento de Personal de Nivel Superior), y se inició en 2009 con 217 alumnos de siete polos educacionales en el estado de Santa Catarina (ciudades de Blumenau, Braço do Norte, Canoinhas, Criciúma, Lages, Pouso Redondo e Tubarão). La disciplina Química Básica tuvo una carga horaria de 80 horas, 70% de asistencia a distancia y 30% en clases regulares, y cubrió los temas: átomos, moléculas y reacciones químicas (ácido-base y redox). Utilizamos el modelo de enseñanza compartida para el trabajo de los profesores y tutores. Los profesores hicieron dos visitas a clases regulares y dos videoconferencias, y los tutores a distancia y regulares recibieron tareas específicas. Los estudiantes utilizaron libros de texto y material en línea especialmente preparados para la disciplina, disponibles en la plataforma Moodle. El plan de enseñanza preveía una disciplina dinámica e interactiva, pero se detectó uma baja participación de los estudiantes que, por diversas causas, há podido contribuir al bajo índice de aprovechamiento de la asignatura (aproximadamente 45%).

Para obtener más informaciones acerca de nuestra experiencia, vea: http://qnesc.sbq.org.br/edicao.php?idEdicao=52.


http://www.computerworld.com.pt/media/2011/04/Dossier-Videoconferencia.jpg


1Aldo Sena de Oliveira (aldosena.vix@gmail.com) tiene licenciatura en Química (UFLA), maestría en Química (UFES) y es estudiante de doctorado en Química (UFSC);
2Natália Bruzamarello Caon Branco (nataliabcbranco@gmail.com) tiene licenciatura en Química, maestría en Ingeniería Química (UFSC), y es química en el Departamento de Química de la UFSC.
3Marcos Aires de Brito (marcosqmc@gmail.com), tiene licenciatura en Química (UFC), maestría en Ciencias (UFSC), doctorado en Química (UFSC), y es profesor asociado en el Departamento de Química de la UFSC.
44Tereza Cristina Rozone de Souza (tereza.cristina@ufsc.br) se graduó en Pedagogía (UDESC) y Química (UFSC), tiene maestría y doctorado en Química (UFSC) y es profesora asociado en el Departamento de Química de la UFSC – Universidad Federal de Santa Catarina, Florianópolis, SC, Brasil.

Nenhum comentário:

Postar um comentário