domingo, 10 de setembro de 2017

T103

Inglês
RUPERT SHELDRAKE AND HIS MORPHIC FIELD THEORY by Fredric M. Menger, Emory University, Atlanta, GA USA
A heretic is defined as a person holding an opinion that conflicts with what is generally accepted. Rupert Sheldrake (a theoretical biologist born in England in 1942) has been called a heretic in response to his morphic resonance theory of Nature. Actually, he has been called worse…. a pseudo-scientist, a maverick, a magical thinker, and an irredeemable character. Why should I, given this hostility to Sheldrake’s ideas, write an essay on the subject? Because the morphic field theory is a creative concept that, valid or not, is fascinating to contemplate.

Rupert Sheldrake

A “morphic field,” that surrounds all animals, can cause a particular species to function as a unified whole. Patterns are imposed onto the animal that are otherwise random or indeterminate. Such morphic fields can evolve and, remarkably, can also be transmitted from long-dead members of the species by a phenomenon known as morphic resonance. All this is best understood with examples.

Many of us have seen videos of huge flocks of birds flying side-by-side, but never bumping into each other, while making fluid coordinated maneuvers in the air. It is a beautiful sight. It was found that a “maneuver wave” occurs in an extremely fast 20 milliseconds, compared with an 80 -100 milliseconds reaction-time for an individual bird. Thus, a uniform direction change is propagated throughout the flock much faster than could be explained by simple bird-to-bird stimulus response-times. Here is what Sheldrake says about it: “If one thinks of the flock as being coordinated by a morphic field and the ‘maneuver wave’ as a wave in a morphic field, then this phenomenon is much easier to understand than it is when explained in terms of ordinary sensory physiology.”

https://portal2013br.files.wordpress.com/2016/01/50a25-morfogenetic.gif?w=675&h=564

According to Sheldrake, an acorn grows into an oak tree while associated with a morphic field that directs oak trees’ development. It is as if the morphic field provides a growing oak tree a mold or pattern that guides the tree’s development. “Nonsense!” the critics cry. “An acorn transforms into an oak tree because its genetics controls its growth.” But DNA merely dictates the production of proteins. Where in the resulting collection of oak tree proteins is the information hidden that tells the acorn what shape it is to take?

Morphic fields do not affect only living organisms. Consider a compound, such as a protein, that has been synthesized in the lab for the first time. It might take a long time before the chemist is able to crystallize this protein since a morphic field has yet to be formed. Sheldrake predicts that a second attempt to crystallize the protein will succeed a bit more easily….. even if attempted on the other side of the world. The third attempt will be easier than the second, the fourth even easier than the third, and so on, as the morphic field is developing. There is some experimental evidence supporting this model. Synthetic chemists, working independently, often find that as time goes on it becomes easier and easier to crystallize a compound all over the world. The conventional explanation is that crystal seeds have been carried from laboratory to laboratory through dust particles in the atmosphere or, perhaps, on the beards of visiting chemists. To my knowledge a rigorous testing of the role of morphic fields in crystallization has not been carried out. But, and this is important, the notion is, in principle, verifiable (or“falsifiable” in the words of philosopher Karl Popper). Any worthwhile theory is verifiable.

Where do I stand on morphic resonance? I will be strictly an agnostic until the theory is proved or disproved. I also am of the opinion that the scientific community should not automatically dismiss fresh ideas even if they run counter to our current belief system.


Português
RUPERT SHELDRAKE E A TEORIA DO CAMPO MÓRFICO por Fredric M. Menger, Universidade Emory, Atlanta, GA, EUA
Traduzido por Natanael F. França Rocha e Gustavo F. Schütz, Florianópolis, Brasil

Um herege pode ser definido como uma pessoa que adota uma opinião contrária ao que é geralmente aceito. Rupert Sheldrake, um biólogo teórico nascido na Inglaterra em 1942, foi chamado de herege em resposta à sua teoria da ressonância mórfica da natureza. Na verdade, ele foi chamado de coisas piores, como pseudocientista, rebelde, pensador mágico e de caráter irremediável. Com toda essa hostilidade contra as ideias de Sheldrake, por que então escrever um ensaio sobre o assunto? A resposta é: porque a teoria do campo mórfico, válida ou não, é um conceito criativo fascinante de ser contemplado.

Rupert Sheldrake

Um “campo mórfico”, que existe ao redor todos os animais, pode fazer com que uma determinada espécie funcione como um todo unificado. Padrões, que de outra forma seriam aleatórios ou indeterminados, são impostos ao animal. Tais campos mórficos podem evoluir e, notoriamente, também podem ser transmitidos por membros já mortos da espécie através de um fenômeno conhecido como ressonância mórfica. Tudo isso pode ser compreendido de forma mais clara através de exemplos.

Muitos de nós já vimos vídeos de grandes bandos de pássaros voando lado a lado, mas nunca se chocando um com o outro, enquanto fazem manobras coordenadas de forma natural no ar. É lindo de se ver. Verificou-se que uma “onda de manobra” ocorre de forma extremamente rápida, em 20 milissegundos, em comparação com ao tempo de reação de 80 a 100 milissegundos natural do pássaro. Assim, uma mudança uniforme de direção se propaga por todo o bando muito mais rápido do que poderia ser explicado por simples tempos de resposta de estímulo de um pássaro para outro. Sobre esse assunto Sheldrake afirma que: “Se pensarmos que o rebanho está sendo coordenado por um campo mórfico e a “onda de manobra” como uma onda em um campo mórfico, esse fenômeno é muito mais fácil de se entender do que quando explicado em termos da fisiologia sensorial comum”.

Fonte: https://portal2013br.files.wordpress.com/2016/01/50a25-morfogenetic.gif?w=675&h=564

De acordo com Sheldrake, a transformação de uma noz até virar uma nogueira ocorre em associação com um campo mórfico que direciona o desenvolvimento da árvore. É como se o campo mórfico fornecesse à nogueira um molde ou padrão de crescimento que guia o desenvolvimento da árvore. "Absurdo!", exclamam os críticos. "Uma noz se transforma em nogueira porque a sua genética controla o seu crescimento". Mas o DNA determina apenas a produção de proteínas. Onde, no conjunto resultante de proteínas da nogueira, está a informação escondida que diz à noz qual forma deve tomar?

Os campos mórficos não afetam apenas os organismos vivos. Considere um composto, como uma proteína, que foi sintetizado no laboratório pela primeira vez. Pode demorar muito tempo antes que o cientista químico seja capaz de cristalizar esta proteína, já que um campo mórfico ainda não foi formado. Sheldrake prevê que uma segunda tentativa de cristalizar a proteína será um pouco mais bem sucedida... mesmo que seja testada no outro lado do mundo. A terceira tentativa será mais fácil do que a segunda, a quarta ainda mais fácil que a terceira, e assim por diante, à medida que o campo mórfico é desenvolvido. Há algumas evidências experimentais que apoiam esse modelo. Existem profissionais da química sintética que, mesmo trabalhando separadamente de forma independente, acreditam que, com o passar do tempo, vai ficando cada vez mais fácil cristalizar um composto, em todo mundo. A explicação convencional é que as “sementes” do cristal foram transportadas de laboratório em laboratório através de partículas de poeira na atmosfera ou, quem sabe, nas barbas dos químicos visitantes. Até onde se sabe, um teste rigoroso da função dos campos mórficos na cristalização ainda não foi realizado. Porém, vale ressaltar que a noção é, a princípio, verificável (ou "falsificável" nas palavras do filósofo Karl Popper). Qualquer teoria valiosa é verificável.

Enfim, qual meu posicionamento quanto à ressonância mórfica? Eu serei estritamente agnóstico até que a teoria seja provada ou refutada. Também acredito que a comunidade científica não deve descartar automaticamente novas ideias, mesmo que sejam contrárias ao nosso sistema de crenças atual.

Nenhum comentário:

Postar um comentário