Mangrove bushes and trees are found in tropical and sub-tropical coastal zones of 118 countries including North, Central, and South America. Brasil has 15% of the world’s total. The word “mangrove” derives from the Portuguese word “mangue”. Mangroves are salt-loving plants that form dense (often impenetrable) colonies having a characteristic tangle of “aerial” roots. Bare aerial roots, extending sometimes 10 feet or more above the water, absorb air through pores in the bark. The tree itself, with green waxy leaves, can reach 100 feet in height.
Mangroves trees protect coastal areas from erosion caused by high waves during storms and hurricanes. But even more importantly, mangrove swamps provide food and shelter for a great variety of organisms including shrimp, crabs, oysters, lizards, snails, worms, and eels in addition to fish, birds, and small mammals. This community of animals is nourished by the rich mud that forms when leaves from the mangroves drop into the water below. The leaves,held in place by the network of roots, decay rapidly in the tropical heat with the aid of bacteria and fungi. Valuable nutrients are released that allow the shrimp, for example, to achieve maturity in a few months. When a storm comes along, the mangrove sediment is washed out to sea to feed the tiny organisms that are the beginning of the ocean food-chain. Even coral reefs, miles away from shore, derive much of their nourishment from nutrients originating in the oozing mud of the mangrove swamp.
Reproduction of the mangrove tree is remarkable. The seeds germinate while still attached to the parent tree. A seedling, several inches long with the thickness of a pencil, breaks off into the water where it floats horizontally in a dormant state sometimes for a year or more. When the seedling reaches a suitable environment and is ready to root, an amazing change of density occurs; the seedling flips into a vertical position with the leaf-end up and the root-end down. The plant is now ready to lodge in the mud and start a new colony.
In their book The Sea of Cortez John Steinbeck and Edward Ricketts wrote: “We suppose it is the combination of foul odor and the impenetrable quality of the mangrove roots which gives one the feeling of dislike for the salt-water eating bushes”. I myself, in my encounters with mangroves in the western coast of Florida, did not feel a dislike so much as intimidation. Camped out on a mangrove-covered island, I was physically prevented by the roots from leaving my little spot on the beach and entering the island itself. I spent all my time in my tent escaping the mosquitoes and flies. It is best to visit mangrove swamps in winter.
Fresh water on mangrove islands is a precious commodity.I was warned to be sure at night to cover my 5-gallon water jug with the canoe; otherwise a raccoon is certain to chew through the heavy plastic and drink its fill.
Since 1980 the world has lost one-fifth of its mangroves to development, oil spills, and shrimp farms. We are all the losers when mangroves, with the rich soup below them that is home to so many animals, disappear forever.
Reproduction of the mangrove tree is remarkable. The seeds germinate while still attached to the parent tree. A seedling, several inches long with the thickness of a pencil, breaks off into the water where it floats horizontally in a dormant state sometimes for a year or more. When the seedling reaches a suitable environment and is ready to root, an amazing change of density occurs; the seedling flips into a vertical position with the leaf-end up and the root-end down. The plant is now ready to lodge in the mud and start a new colony.
In their book The Sea of Cortez John Steinbeck and Edward Ricketts wrote: “We suppose it is the combination of foul odor and the impenetrable quality of the mangrove roots which gives one the feeling of dislike for the salt-water eating bushes”. I myself, in my encounters with mangroves in the western coast of Florida, did not feel a dislike so much as intimidation. Camped out on a mangrove-covered island, I was physically prevented by the roots from leaving my little spot on the beach and entering the island itself. I spent all my time in my tent escaping the mosquitoes and flies. It is best to visit mangrove swamps in winter.
Fresh water on mangrove islands is a precious commodity.I was warned to be sure at night to cover my 5-gallon water jug with the canoe; otherwise a raccoon is certain to chew through the heavy plastic and drink its fill.
Since 1980 the world has lost one-fifth of its mangroves to development, oil spills, and shrimp farms. We are all the losers when mangroves, with the rich soup below them that is home to so many animals, disappear forever.
Prof. A. J. Kirby's photograph of Mangrove Swamp in Ponta das Canas, North of the Island of Santa Catarina, Brazil.
Os Manguezais por Fredric M. Menger, Emory University, Atlanta, GA, EUA
Traduzido por Natanael F. França Rocha, Florianópolis, Brasil
Os manguezais podem ser encontrados em zonas tropicais e subtropicais de 118 países, incluindo as Américas do Norte, do Sul e Central. Só o Brasil possui 15% do total mundial. A palavra “mangue”, típica da língua portuguesa, refere-se a espécies arbóreas de ambientes salinos que formam densas colônias (geralmente impenetráveis), assemelhando-se a um entrelaçado de raízes expostas. Essas raízes aéreas, chegando a ficar até 3m acima da água, absorvem ar através dos poros em sua casca. A árvore do mangue, com suas folhas verdes e enceradas, pode alcançar até 30m de altura.
Os manguezais podem ser encontrados em zonas tropicais e subtropicais de 118 países, incluindo as Américas do Norte, do Sul e Central. Só o Brasil possui 15% do total mundial. A palavra “mangue”, típica da língua portuguesa, refere-se a espécies arbóreas de ambientes salinos que formam densas colônias (geralmente impenetráveis), assemelhando-se a um entrelaçado de raízes expostas. Essas raízes aéreas, chegando a ficar até 3m acima da água, absorvem ar através dos poros em sua casca. A árvore do mangue, com suas folhas verdes e enceradas, pode alcançar até 30m de altura.
Os mangues protegem as áreas costeiras da erosão causada pelas altas ondas durante tempestades e furacões. Porém, mais importante ainda, os manguezais oferecem abrigo e
alimento a uma grande variedade de organismos, incluindo camarões, caranguejos,
ostras, lagartos, caracóis, minhocas, enguias, além de peixes, pássaros e pequenos mamíferos. Essa comunidade de animais é alimentada pela lama rica em nutrientes que se forma quando as folhas dos mangues caem na água. As folhas ficam presas no
emaranhado de raízes e, dado o calor tropical, se decompõem rapidamente com a ajuda de bactérias e fungos. Por causa dos valiosos nutrientes formados, os camarões, por exemplo, conseguem alcançar a maturidade em poucos meses. Quando ocorre uma tempestade, o sedimento do mangue é levado pela água da chuva até o mar, o que servirá de alimento para os microorganismos que são o começo da cadeia alimentar oceânica. Até mesmo os recifes de corais, a quilômetros de distância da costa, obtêm grande parte de sua alimentação dos nutrientes originários da lama do manguezal.
A reprodução da árvore do mangue é impressionante. As sementes germinam ainda presas à árvore-mãe. As mudas, com vários centímetros de comprimento e espessura de um lápis, quebram na água onde flutuam horizontalmente em um estado dormente que pode durar um ano ou mais. Quando as mudas encontram um ambiente favorável e estão prontas para se enraizarem, uma incrível mudança de densidade ocorre. Elas se viram na posição vertical com o lado das folhas para cima e a raiz para baixo. Agora, já estão prontas para alojarem-se na lama e começarem uma nova colônia.
John Steinbeck e Edward Ricketts, em seu livro The Sea of Cortez, escreveram: “Acreditamos que é a combinação do mau cheiro e das raízes impenetráveis dos mangues que nos dá a sensação de nojo dessas plantas comedoras de água salgada”. No meu caso, quando visitei os manguezais na costa oeste da Flórida, não senti nojo, apenas me senti intimidado. Acampado em uma ilha coberta de mangues, as raízes simplesmente me impediam de sair do meu cantinho na praia e penetrar ilha adentro. Passei a maior parte do tempo tentando escapar dos mosquitos e pernilongos. É melhor visitar os manguezais no inverno.
Nas ilhas de mangues, a água doce é um bem precioso. Fui alertado para cobrir meu galão d’água de 20 litros à noite, caso contrário, um guaxinim poderia muito bem roer o plástico e beber a minha água.
De 1980 até hoje, o mundo já perdeu um quinto de seus manguezais em decorrência do desenvolvimento, dos vazamentos de petróleo e criadouros de camarões. Quem perde somos nós quando um manguezal, com sua lama nutritiva e abrigo para muitos animais, deixa de existir.
A reprodução da árvore do mangue é impressionante. As sementes germinam ainda presas à árvore-mãe. As mudas, com vários centímetros de comprimento e espessura de um lápis, quebram na água onde flutuam horizontalmente em um estado dormente que pode durar um ano ou mais. Quando as mudas encontram um ambiente favorável e estão prontas para se enraizarem, uma incrível mudança de densidade ocorre. Elas se viram na posição vertical com o lado das folhas para cima e a raiz para baixo. Agora, já estão prontas para alojarem-se na lama e começarem uma nova colônia.
John Steinbeck e Edward Ricketts, em seu livro The Sea of Cortez, escreveram: “Acreditamos que é a combinação do mau cheiro e das raízes impenetráveis dos mangues que nos dá a sensação de nojo dessas plantas comedoras de água salgada”. No meu caso, quando visitei os manguezais na costa oeste da Flórida, não senti nojo, apenas me senti intimidado. Acampado em uma ilha coberta de mangues, as raízes simplesmente me impediam de sair do meu cantinho na praia e penetrar ilha adentro. Passei a maior parte do tempo tentando escapar dos mosquitos e pernilongos. É melhor visitar os manguezais no inverno.
Nas ilhas de mangues, a água doce é um bem precioso. Fui alertado para cobrir meu galão d’água de 20 litros à noite, caso contrário, um guaxinim poderia muito bem roer o plástico e beber a minha água.
De 1980 até hoje, o mundo já perdeu um quinto de seus manguezais em decorrência do desenvolvimento, dos vazamentos de petróleo e criadouros de camarões. Quem perde somos nós quando um manguezal, com sua lama nutritiva e abrigo para muitos animais, deixa de existir.
Fotografia do Mangue em Ponta das Canas, Norte de Florianópolis, Santa Catarina, Brasil, de autoria de Prof. A. J. Kirby.
Puxa! Descobri coisas fantásticas sobre os maguezais!! Obrigado.
ResponderExcluirThank you!
ResponderExcluirAchei um máximo esta matéria sobre os manguezais,parabéns para quem publicou!!!!
ResponderExcluirThank you for the kind remark. I am always gratified when I hear that students read,enjoy, and learn from this wonderful blog.......
ExcluirFred Menger